O ano de 2016 trouxe muita mudança para a prática da medicina e segurança do trabalho. As doenças ocupacionais mais comuns sempre foram as ósseo-musculares (dores articulares) mas as doenças psiquiátricas ficaram a frente este ano. O aumento das doenças mentais relacionadas ao trabalho leva também preocupação para a gestão das empresas.
Foi um ano bem conturbado e as patologias psiquiátricas se desenvolveram a partir do que se chama de estresse ocupacional.
Quem estava no mercado de trabalho ficou sobrecarregado com as novas exigências e devido ao corte de pessoal. Nas demissões muitos trabalhadores somaram ao seu dia a dia várias atribuições dos funcionários demitidos.
Muitas empresas não souberam como lidar com esta situação.
Aqueles fora do mercado de trabalho devido a demissão ou dificuldade de encontrar uma atividade remunerada desenvolveram também um grande estresse emocional. Esse estresse não acabou na admissão em um novo emprego devido as exigências no cenário encontrado.
Isso porque assumiram um trabalho talvez com o dobro das exigências de que estavam acostumados.
Cumprir metas abusivas, muita cobrança, muita competitividade nos ambientes corporativos e a pressão que se forma leva a alterações podendo até mesmo a causar acidentes de trabalho.
Nas empresas de medicina do trabalho o motivo de afastamento mais comum foi a depressão com aproximadamente metade dos atendimentos verificados nos exames de retorno ao trabalho.
Houve também uma queda nos exames de retorno ao Trabalho comparado com o ano de 2015. Até agora foram 2,45% dos atendimentos indicando uma diminuição de mais de 50%.
Vamos no próximo ano intensificar nossos esforços para que a melhoria dos ambientes de trabalho contribua com menos afastamentos e mais saúde mental para os funcionários apesar do futuro ainda difícil para nossa economia.
Será gratificante que ver nossos esforços compensados no caminho da boa gestão em medicina e segurança do trabalho já preparando para o eSocial.