Mapa de riscos: o que é e por que você precisa dele

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By José Cláudio Rangel Tavares

Garantir a segurança e medicina do trabalho é essencial para manter bons resultados dentro de uma empresa, afinal os colaboradores são o maior patrimônio de uma organização. Neste sentido, o mapa de riscos é a metodologia adequada para proteger sua equipe, pois mostra claramente quais os riscos que o ambiente de trabalho apresenta.

O mapa de riscos é desenvolvido por meio de uma representação gráfica utilizada para destacar os riscos presentes no local de trabalho e que podem colocar em risco a saúde e a vida do colaborador.

Para construir um mapa de riscos é preciso utilizar a planta baixa ou o esboço do ambiente de trabalho, sendo que os riscos são representados por círculos — quanto maior o diâmetro do círculo, maior é o nível de risco. Além disso, são utilizadas cores para caracterizar cada um dos tipos de riscos (físico, acidente, químico, biológico, ergonômico).

Mas para quê você precisa do mapa de riscos na sua empresa? Continue a leitura deste post e descubra.

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1. Conscientizar os colaboradores

Geralmente, o mapa de riscos é desenvolvido pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), sob a orientação da equipe de engenharia de segurança e medicina do trabalho. Pode ser criado um mapa de riscos único ou individualizado por departamento.

Como ele funciona como um indicador de presença ou não de risco, ele colabora para a conscientização da equipe. Munidos de informações sobre o ambiente, os colaboradores passam a atuar com mais cautela e precaução. Ele também pode servir de estímulo para que a empresa e os colaboradores desenvolvam novos métodos e soluções para prevenir acidentes de trabalho.

2. Reduzir acidentes de trabalho

O objetivo principal do mapa de riscos é reduzir acidentes de trabalho e danos à saúde do colaborador. Na medida em que possibilita a identificação de riscos, conscientiza os colaboradores e abre espaço para o diálogo e criação de novas soluções para evitar acidentes, o mapa de riscos é considerado uma ferramenta extremamente eficaz para a prevenção e redução dos índices de acidente de trabalho.

Investir na segurança e saúde do trabalhador evita absenteísmos e mantém os níveis de produtividade da empresa, já que os funcionários apresentam menos doenças e afastamentos relacionados às atividades de trabalho.

3. Evitar multas pela falta do mapa de risco

O mapa de riscos é regulamentado pela Lei 6.514/77, por isso, possui caráter obrigatório independentemente do tamanho, das atividades ou quantidade de funcionários da empresa. Logo, a sua não elaboração acarreta multas e outras punições legais ao empregador.

É importante frisar ainda que as empresas que não possuem CIPA não estão isentas de multas, conforme previsto pelas NR1 e NR5. Nestes casos, é possível contratar profissionais ou empresas terceirizadas em Medicina e Segurança do Trabalho. Também existe uma variedade de softwares para controle e organização das atividades relacionadas à Medicina e Segurança do Trabalho.

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O mapa de riscos deve estar fixado em locais de fácil visualização para que todos da equipe tenham acesso a ele. Além disso, sempre que houver algum fator que modifique a situação do ambiente, como instalação de maquinários ou reformas, o mapa de risco precisa ser revisto.

4 – Guia para execução de um mapa de riscos

1. Constituição da Equipe:

  • Forme uma equipe multidisciplinar que inclua representantes dos trabalhadores, profissionais de segurança do trabalho, engenheiros e outros especialistas conforme necessário.

2. Identificação de Atividades e Setores:

  • Enumere todas as atividades e setores da empresa ou local de trabalho que serão abordados no mapa de riscos, incluindo áreas de produção, escritórios, depósitos, entre outros.

3. Identificação de Agentes de Risco:

  • Reconheça os agentes de risco presentes em cada atividade ou setor, considerando fatores físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes.

4. Coleta de Dados:

  • Obtenha informações relevantes sobre cada agente de risco identificado, incluindo características, concentrações, frequência de exposição, entre outros.

5. Avaliação e Classificação dos Riscos:

  • Avalie a gravidade e a probabilidade de ocorrência de cada risco, utilizando critérios predefinidos para classificação, como alto, médio e baixo.

6. Layout:

  • Utilize plantas, croquis ou mapas do local de trabalho para representar graficamente a distribuição dos riscos em cada setor. Destaque os locais específicos onde os riscos são mais acentuados.

7. Elaboração do Mapa de Riscos:

  • Crie o mapa de riscos propriamente dito, indicando a localização de cada risco conforme identificado no levantamento. Utilize cores, símbolos ou outras convenções visuais para diferenciar tipos e níveis de risco.

8. Elaboração do Relatório:

  • Prepare um relatório contendo todas as informações coletadas, análises realizadas, conclusões sobre os riscos e recomendações para a mitigação ou controle dos mesmos.

9. Apresentação aos Trabalhadores:

  • Apresente o mapa de riscos aos trabalhadores envolvidos. Explique os riscos identificados, suas implicações e as medidas de controle propostas. Estimule a participação dos trabalhadores no processo.

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